terça-feira, 27 de outubro de 2009



A FORMIGA E A FOLHA

Cai a chuva na parreira,
Linda folha se desprende
E deslizando sobre a corredeira
Cruza a fazenda inteira
E no rio se surpreende.

Vê sobre si uma formiga
Que procura pela terra,
Linda folha, boa amiga,
Que bondosamente abriga
A formiga enquanto espera.

E a chuva passa,
Então o vento se torna brando,
A formiga reconhece a graça
De ver ao longe a mata
Enquanto a folha continua deslizando.

A formiga pergunta à folha:
— Para onde estamos indo?
— Não sei, não foi minha escolha,
Mas espero que alguém nos recolha
Antes que o trajeto seja findo.

E a formiga quer saber:
— Mas aonde termina esta estrada
Que não pára de se mexer?
Já estou ficando assustada,
Também estou toda molhada,
Pare que eu quero descer.

E a folha, com tranqüilidade,
Pede para a formiga se acalmar,
Dizendo: — Eu também estou em dificuldade,
Pois esta estrada, na verdade,
Está nos levando para o mar.

— Ó meu Deus. A formiga grita.
— Precisamos de um urgente plano,
Pois se a água do rio nos agita,
Imagine então como é que fica
Uma folha perdida no oceano!

De repente a folha tem uma idéia:
— Que tal você parar de se queixar?
— Já que tem pernas feito centopéia
Nos tire desta odisséia,
Para isso basta apenas remar.

E a formiga escolhe um lado
E começa a agitar as pernas
E a folha agora é barco remado
Que aos poucos se vê ancorado
Na margem que esperava por ela.

A formiga arrasta a folha para fora do rio,
Mas percebe que ela se encolhe inteira,
Então vê que a folha sem egoísmo a conduziu,
Mesmo sabendo que teria um destino sombrio,
Pois não haverá vida para ela sem a parreira.

Eduardo de Paula Barreto








Mata encantada (Homenagem às crianças)




MATA ENCANTADA

Numa mata encantada
Conviviam em harmonia
Os duendes e as fadas
E toda história contada
Deixava de ser fantasia.

E nesse lindo lugar
Qualquer criança podia ir
Contanto que ela pudesse acreditar
E cedinho ir deitar
Para também cedo dormir.

E no meio de um sono profundo
Um tapete vinha para lhe buscar
E num minúsculo segundo
Ela estava em outro mundo
Para maravilhas testemunhar.

Logo na chegada era recebida
Por animais falantes
E então a ela era oferecida
As mais deliciosas comidas
E rios de refrigerante.

Aí então podia voar
Como se fosse um periquito,
Comer chocolate até enjoar,
Brincar até se cansar,
Mas dormir era proibido.

E a criança que na mata dormia
Tinha uma surpresa ao acordar,
Era só abrir os olhos e percebia
Que toda aquela magia acontecia
Sempre que ela dormindo começava a sonhar.

Eduardo de Paula Barreto



sábado, 24 de outubro de 2009

Espinhos


Espinhos

Vemos o mundo sempre de maneira plana e Deus vê o mundo por um todo. Para o que não entendemos, procuramos explicação para que haja em nós satisfação. E nesse olhar torto que temos da vida, nos enganamos quando nos colocamos de lado, separamos as pessoas como abençoadas ou não, merecedoras ou não de felicidade.
Uma parte mínima das pessoas não aceita esse destino todo feito e tenta mudar a situação. Porém uma grande parte baixa a cabeça, numa atitude de resignação.
Deus não coloca as pessoas nas mesmas categorias que nós. Pessoas abençoadas para Ele não são as que nunca ficam doentes, nunca enfrentam provações, nunca se sentem rejeitadas ou culpadas e parecem ter uma vida tão perfeita que causam inveja. Jó perdeu tudo e foi abençoado!!!
O apóstolo Paulo foi um homem abençoado. Deixou palavras, combateu o bom combate e até os dias de hoje nós somos beneficiados com seus ensinamentos. Portanto, ele fala de um espinho, de algo que o incomodava e do qual queria se livrar. Quando ele se foi, carregou com ele esse espinho. O importante, como nos ensina, é que apesar de tudo guardou a fé.
Nós temos também nossos espinhos, cada um com o seu ou seus, que servem apenas para nos lembrar do quanto somos humanos. Podemos ter muito mais certeza do amor das pessoas que nos amam apesar das nossas imperfeições que do amor daquelas que nos amam pelas nossas qualidades. As primeiras vêem as qualidades e aceitam as diferenças, as outras correm o risco de se decepcionar dia ou outro.
Mas Deus, esse mesmo Deus que amou Paulo, nos ama incondicionalmente e nos abençoa. Ele nos ama se estamos doentes, se estamos carentes, nos sentimos sós e até se o desespero quer ficar maior que nossas forças. Ele nos ama independente da nossa estatura, condição física ou personalidade.
Não podemos ver nossos espinhos como maldições, mas como algo que não impede nossa beleza, não impede que sejamos inteiros, sorridentes e felizes e alguma coisa boa e positiva na vida de alguém.
Ame-se o bastante para acreditar que você pode ser amado apesar de ser quem é, de ter o que tem. Os espinhos não deformam as rosas, eles as tornam ainda mais belas, misteriosas e fascinantes.
Cuide-se e nunca desista da felicidade, não veja o mal como uma fatalidade, combata-o com amor e se ele ainda ficar, ame-se ainda e assim mesmo, porque Deus te ama assim, com seus defeitos, suas doenças, seu sentimento de abandono.
Saber que somos amados renova nossas forças, levanta nosso ânimo, nos abre portas e caminhos.
Somos todos bênçãos quando damos a mão, compartilhamos do pouco que temos e do muito que desejamos e nos vemos de igual para igual. Somos todos abençoados, mesmo se nosso caminho é feito de pequenas pedras que machucam nossos pés. O importante mesmo é que elas não nos impeçam de caminhar.


Letícia Thompson

Reflexão Espinhos



Espinhos


Era véspera do Dia de Ação de Graças.

Mas Sandra sentia-se muito infeliz quando entrou na floricultura.

Seu filho estaria nascendo se não o tivesse perdido em um acidente de automóvel...
Lamentava muito sua perda. Não bastasse isso, ainda havia a possibilidade de seu marido ser transferido.
E, para completar, sua irmã cancelara a visita que lhe faria no feriado.

Ação de Graças? Agradecer o que? - perguntou-se.

Uma amiga ainda tivera a coragem de dizer que o sofrimento era uma dádiva de Deus, que fazia amadurecer e fortalecer...

Seus pensamentos foram interrompidos pela balconista, dizendo:

- Quer um arranjo tradicional ou gostaria de inovar com o que eu chamo de Especial? Está procurando algo que realmente demonstre gratidão no Dia de Ação de Graças?

Sandra explicou que nada tinha para agradecer e a outra replicou, enfática:

- Pois tenho o arranjo perfeito para você.

Neste momento entrou uma cliente que viera pegar sua encomenda: um arranjo de folhagens e longos e espinhosos caules de rosa. Tudo muito bem arranjado, mas não havia nenhuma flor.

Sandra ficou pensando por que alguém pagaria por talos de rosa, sem flor.

- Este é o "Especial". Chamo-o de Buquê de Espinhos de Ação de Graças - explicou a balconista.

- Mas o que a levou a criar o buquê de espinhos? - perguntou Sandra.

- Aprendi a ser grata pelos espinhos... Sempre agradeci à Deus pelas boas coisas em minha vida e nunca Lhe perguntei por que essas boas coisas aconteciam.

Mas quando vieram coisas ruins, eu chorei e gritei: "POR QUE? POR QUE EU ?!".

Demorei para aprender que tempos difíceis são importantes para a nossa fé e nosso fortalecimento. Diante das dificuldades nos aproximamos de Deus e valorizamos a vida e seus bons momentos.

Sandra lembrou do que sua amiga tinha lhe dito, e ponderou:

- Perdi meu bebê e eu estou zangada com Deus...

Neste momento entrou um homem na loja, que também viera buscar um arranjo de talos espinhosos.

- Isto é para sua esposa? - perguntou Sandra, incrédula. Mas por que ela quer um buquê que se pareça com isso?

- Eu e minha esposa quase nos divorciamos, mas com a graça de Deus, nós enfrentamos problema após problema e salvamos nosso casamento. O arranjo Especial nos lembra os tempos "espinhosos". Etiquetamos cada talo com um dos problemas enfrentados e damos graças pelo que ele nos ensinou. Eu lhe recomendo o arranjo Especial!

- Não sei se posso ser grata pelos espinhos em minha vida. É tudo tão recente...

A balconista respondeu, carinhosamente:

- A minha experiência me mostrou que os espinhos tornam as rosas mais preciosas. Apreciamos mais o cuidado providencial de Deus durante os problemas do que em qualquer outro tempo.

Lágrimas rolaram pela face de Sandra.

- Levarei uma dúzia destes caules longos e cheios de espinhos, por favor. Quanto lhe devo?

- Nada. Nada além da promessa de que permitirá que Deus cure seu coração. O primeiro arranjo é sempre por minha conta.

A balconista sorriu e passou um cartão a Sandra.

- Colocarei este cartão em seu arranjo, mas talvez você queira lê-lo primeiro.

E Sandra leu:

"Meu Deus, eu nunca agradeci por meus espinhos. Eu agradeci mil vezes por minhas rosas, mas nunca por meus espinhos. Ensine-me o valor de meus espinhos. Mostre-me que, através de minhas lágrimas, as cores do Seu arco-íris são muito mais brilhantes."

Autor Desconhecido

EU TE AMO... NÃO DIZ TUDO!

Você sabe que é amado(a) porque lhe disseram isso?

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,

Que zela pela sua felicidade,
Que se preocupa quando as coisas não estão dando certo,

Que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas,
E que dá uma sacudida em você quando for preciso.

Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás,

É ver como ele(a) fica triste quando você está triste,
E como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água.

Sente-se amado aquele que não vê transformada a mágoa em munição na hora da discussão.

Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.

Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,
Sem inventar um personagem para a relação,
Pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.

Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
Quem não levanta a voz, mas fala;
Quem não concorda, mas escuta.

Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!

Arnaldo Jabor

OS 3 ÚLTIMOS DESEJOS DE ALEXANDRE O GRANDE



Quando á beira da morte, Alexandre convocou os seus generais e relatou seus 3 últimos desejos:

1 – que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;

2 – que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas…);

3 – que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.

Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões e Alexandre explicou:

1 – Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;

2 – Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;

3 – Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.


Pense nisso...


(DESCONHEÇO O AUTOR)


A História do Lápis
O menino olhava a avó escrevendo uma carta.
A certa altura, perguntou:
- Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco?
E por acaso, é uma história sobre mim?
A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
- Estou escrevendo sobre você, é verdade.
Entretanto, mais importante do que as palavras,
é o lápis que estou usando.
Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.
O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.
- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
- Tudo depende do modo como você olha as coisas.
Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las,
será sempre uma pessoa em paz com o mundo.

"Primeira qualidade:
Você pode fazer grandes coisas,
mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos.
Esta mão nós chamamos de Deus,
e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade".

"Segunda qualidade:
De vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo,
e usar o apontador.
Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final,
ele está mais afiado.
Portanto, saiba suportar algumas dores,
porque elas o farão ser uma pessoa melhor."

"Terceira qualidade:
O lápis sempre permite que usemos uma borracha
para apagar aquilo que estava errado.
Entenda que corrigir uma coisa que fizemos
não é necessariamente algo mau, mas algo importante
para nos manter no caminho da justiça".

"Quarta qualidade:
O que realmente importa no lápis não é a madeira
ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro.
Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você."

"Finalmente, a quinta qualidade do lápis:
ele sempre deixa uma marca.
Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida,
irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação".

Autor Paulo Coelho